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Neste 33º Domingo do Tempo Comum, último antes da Solenidade de Cristo, Rei do Universo, a Igreja celebrou o Dia Mundial dos Pobres. Instituído pelo Papa Francisco ao final do Ano Santo da Misericórdia (2016), chega neste ano à sua quarta edição, marcada pela solidariedade e pela esperança.

Na Diocese de Vacaria, diversas paróquias realizaram ações para marcar este dia. Na Catedral diocesana, a missa presidida pelo bispo Dom Sílvio Guterres Dutra contou com a participação de diversos moradores de rua. Na linha de reflexão do Dia Mundial dos Pobres, Dom Sílvio destacou, durante a missa, que o Movimento de Cursilhos, todas as quintas de madrugada, sai pelas ruas de Vacaria para distribuir marmitas aos moradores de rua. O bispo ainda revelou um de seus sonhos: “de que onde funcionou por 71 anos o abrigo que acolheu menores pobres, carentes, abandonados pelas famílias vítimas de violência, agora tenha uma casa muito mais digna, as ‘casas lares’, transformando o prédio, que é intuição de Dom [Cândido Maria] Bampi, atendendo a primeira menina pobre chamada Jurema, para que agora possamos atender tantas ‘Juremas’, transformando essa casa numa casa de socorro aos irmãos mais pobres”.

Após a celebração, os moradores de rua foram convidados para um almoço no salão paroquial. Cerca de 40 pessoas participaram do almoço organizado pelo Cursilho Jovem de Vacaria, com apoio do Cursilho Adulto. Além disso, foi realizada nas paróquias de Vacaria uma coleta de alimentos para distribuição a famílias carentes.

A mensagem do Papa

Para este ano, o Papa escolheu como lema um trecho do livro do Eclesiástico (Ben-Sirá), do Antigo Testamento, para marcar o Dia Mundial dos Pobres: “Estende a tua mão ao pobre” (Eclo 7, 32). O Papa Francisco, em sua mensagem para este dia, lembrou que “são inseparáveis a oração a Deus e a solidariedade com os pobres e os enfermos”. O chamado do Papa é para se manter o olhar voltado para o pobre. Segundo ele, isso “é difícil, mas tão necessário para imprimir a justa direção à nossa vida pessoal e social. Não se trata de gastar muitas palavras, mas antes de comprometer concretamente a vida, impelidos pela caridade divina”.

O Papa ainda destaca que “a Igreja não tem soluções globais a propor, mas oferece, com a graça de Cristo, o seu testemunho e gestos de partilha. Além disso, sente-se obrigada a apresentar os pedidos de quantos não têm o necessário para viver”. Para Francisco, a Igreja precisa “lembrar a todos o grande valor do bem comum é, para o povo cristão, um compromisso vital, que se concretiza na tentativa de não esquecer nenhum daqueles cuja humanidade é violada nas suas necessidades fundamentais”.

O Santo Padre indica que o lema “é um convite à responsabilidade, sob forma de empenho direto, de quem se sente parte do mesmo destino”. O lema ressalta, ainda, “por contraste, a atitude de quantos conservam as mãos nos bolsos e não se deixam comover pela pobreza, da qual frequentemente são cúmplices também eles. A indiferença e o cinismo são o seu alimento diário”.

E assim o Papa conclui sua mensagem: “Neste caminho de encontro diário com os pobres, acompanha-nos a Mãe de Deus que é, mais do que qualquer outra, a Mãe dos pobres. A Virgem Maria conhece de perto as dificuldades e os sofrimentos de quantos estão marginalizados, porque Ela mesma Se viu a dar à luz o Filho de Deus num estábulo. Devido à ameaça de Herodes, fugiu, juntamente com José, seu esposo, e o Menino Jesus, para outro país e, durante alguns anos, a Sagrada Família conheceu a condição de refugiados. Possa a oração à Mãe dos pobres acomunar estes seus filhos prediletos e quantos os servem em nome de Cristo. E a oração transforme a mão estendida num abraço de partilha e reconhecida fraternidade”.

Texto: Renan Paloschi Zanandréa/Pascom Diocese de Vacaria
Fotos: Reprodução/Facebook e Danieli Zambonin

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